Trata-se de uma obviedade afirmar que a tecnologia vem impactando todos os meios de serviços. Com a advocacia/jurídico não poderia ser diferente entretanto, não é somente a aplicação das ferramentas de tecnologia dentro da prestação de serviços jurídicos que de fato, outorga ao profissional a categoria de “advogado(a) moderno”.
Pelo contrário. Mesmo com o uso da tecnologia é preciso cautela, atenção e direcionamento para o seu nicho.
Explico.
Atualmente, existem diversos softwares de gestão de escritório/jurídico disponíveis no mercado. Tais softwares oferecem monitoramento processual, relatório de casos, pasta de clientes, agenda e financeiro. Serviço similar aquele já oferecido pelo Google AdSense, todavia com a incorporação de publicações nos tribunais nacionais.
E o Legal Design, onde entra nessa história? Bom, é simples:
Muitos desses programas possuem automação na geração de documentos ou mesmo comandos internos na qual o usuário insere informações inerentes ao negócio jurídico, como objeto, forma, qualificação, valores e outros.
Essa modernização automação da prestação de serviços jurídicos pode, ocasionalmente, deixar a atividade “mecânica” e, é justamente nesse ponto que reside o alerta.
A automação de documentos consiste no uso das ferramentas e informações adequação para cada cliente, posicionando a marca, nome, negócio de maneira clara, objetiva, de fácil leitura ou seja, com a aplicação do Legal Design, que é justamente o direcionamento contratual com uma linguagem clara e simples.
Como o operador irá usar as duas ferramentas é, absolutamente, operação interna de cada profissional entretanto, vale o alerta para que o uso da tecnologia não torne atividades que são essenciais, meras cópias e colas de documentos já entabulados.
Tanto o uso do Legal Design, como a aplicação de Software na gestão de uma atividade jurídica devem ser apenas ferramentas e não, produto fim.
São José/SC, 14 de março 2021.
Bruno Santos OAB/SC 45961